Páginas

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

não dá (para suportar)

é correcto dizer que tenho fobia deste mundo, nos dias de hoje: já não é aquele local que desde criança sempre tomei por um lugar seguro. não é que pensasse que nada me atingiria ou que iria ser sempre feliz...mas também nunca pensei vir a sofrer tanto. 
as criaturas que habitam este mundo actualmente desumano, simplesmente já não são as mesmas: já não são aquelas que eram capazes de permanecer ao lado de alguém desde a infância até ao fim dos tempos; não mais são aquelas que estavam lá apesar de tudo.
as criaturas que agora habitam este mundo são, também elas desumanas: são capazes de espezinhar tudo e todos para atingir os seus fins. quem me dera ser assim, em vez de perder o meu tempo, preocupando-me com os outros para nem uma palavra de agradecimento receber, ou, em troca de tudo o que alguma vez lhes dei, me dizerem que a culpa é minha e que não mereço algo pelo qual, durante muito, lutei. é errado. é cruel. é inacreditável das piores formas possíveis. 
rebaixam-te, humilham-te, ofendem-te, destroem-te a vida com as suas míseras mentiras de baixo nível, e tu aceitas? dizes-me que não, e que seria parvo aquele que algum dia acatasse isso sem sequer abrir a boca, tratando-se afinal de somente mais um dia no meio de anos miseráveis. parece-me então que "parva" será algo mais a acrescentar à minha lista de defeitos.  atacam-me por todos os lados e as minhas defesas estão fracas. não aguento muito mais. e no entanto, poucos são os que se preocupam, poucos são os que compreendem e ainda menos são os que sequer se apercebem que algo não está bem. 
eu não sei o que mais posso ser pois tudo aquilo que sou parece não agradar a ninguém: "não te quero mais (...), não mereces (...), cresce; acorda para a vida (...), és estranha (...)". habituei-me a tudo isto ouvir, vezes e vezes sem conta; uma atrás da outra, ao longo da minha vida. nada de mim foi, alguma vez suficiente para vocês; querem sempre mais e mais, sugando-me a vida até ao último sopro. e quando este se der...continuarão a querer mais, como as sedentas por sangue, sanguessugas que são.  
não vos posso dar mais.

i'm sorry i'm human!



sábado, 26 de fevereiro de 2011

show yourself.

let me see your true colours.
conta-me. não te escondas de mim. não me escondas nada.
não me escondas o teu toque, não me escondas o teu cheiro. não me escondas o teu abraço e não me escondas nem mesmo um teu sorriso. apresenta-te a mim como és e deixa-me ver como está decorado esse teu interior. pois aos meus olhos, de nada te servem esses adornos que utilizas no exterior. só (te) quero o que é real. tu és real. então mostra-te: partilha os teus medos e inseguranças; os teus actos errados e a tua infelicidade. partilha também o teu carinho e partilha a tua felicidade. contigo, carregarei tudo isso às costas. 




não me deixes ver-te através de lentes baças, 
pois somente me desfocarão o teu ser e tomar-te-hei
como algo que nunca poderias ser.