choraste. é essa a verdade. nua e crua. choraste ao simples som destas palavras. palavras estas que nunca mencionei a ninguém anteriormente. amavas-me? eu não. mas tu sabias isso. sabias, e mesmo assim estavas ali; a meu lado. sempre a meu lado. ambos cometemos erros. tu pelo teu ciume, drama e desconfiança. eu, pela falta de conhecimentos no que toca a relações. coisa que tu não soubeste aceitar, muito menos compreender. acredito e espero seriamente que te arrependas das escolhas que fizeste comigo, e nesta relação. i know i do.
e estas foram as palavras
"não consigo deixar de pensar em ti, e naquilo pelo qual JUNTOS passámos naqueles três simples dias. acredita quando te digo que em 3 anos nunca estive tão feliz como nos (três) dias que passei a teu lado. estava feliz, sorridente; sentia-me bem, acredita que sim. passei por mais contigo do que com qualquer outra pessoa, e inclusive me 'entreguei' a ti como nunca tinha feito no passado e acredita que não me arrependo. mas e agora? agora estou triste, solitária; deprimida e com um vazio dentro de mim. vazio esse que esteve, por ti, preenchido. lamento tudo o que te fiz passar e cada momento em que te magoei. não era a minha intenção. mas ao mesmo tempo, tu próprio disseste que há muito que não te sentias feliz como te estavas a sentir comigo; há muito que não tinhas estes sentimentos. e eu pergunto-te: vale a pena deitar tudo isso a perder? ou queres, comigo, reconstruir esta relação? porque acredita que eu quero. quero que voltes para mim...mudei a minha atitude. por ti. coisa que nunca fiz na minha vida, por ninguém. dizias que se eu gostasse, insistia e pois bem, é isso que estou a fazer. não me importa o facto de me ignorares, pois isso não muda o que sinto por ti; aquilo que te tenho a dizer...e nem mesmo a mudança que sei que sofri. estou aqui para pedir o teu perdão, uma nova oportunidade, e, acima de tudo...o meu namorado de volta. adoro-te."
mas agora acabou tudo. tu acabaste tudo. tu, que me rebaixaste, insultaste, ameaçaste e mesmo assim tiveste o descaramento de dizer que me amavas. quando a gente gosta, a gente cuida. e tu não o fizeste. agora perdeste-me. eu perdi-te. perdemo-nos um ao outro. perdemo-nos neste vazio infinito - sombrio e ao mesmo tempo claro; triste e no entanto tão alegre - que é o amor. perdemos o nosso rumo; o nosso juízo ficou toldado. o meu coração grita 'mas o que estás a fazer catarina? o quê?!' recuso-me a pensar mais em ti. e no entanto não me consigo impedir de o fazer. lembro-me de cada momento que passámos juntos. lembro-me de quando te conheci: o jeito tolo com que me tentaste abordar; o primeiro carinho que me deste, e como aquele simples tocar de mãos depressa se tornou nos suaves beijos e caricias na cabeça. que por sua vez se viram envoltos no primeiro contacto com os teus lábios.
lembro-me também daquela noite de sábado - 7 de agosto para ser mais exacta - em que as palavras que me saíram da boca eram tão certas e no entanto, com o tempo, tornaram-se tão cheias de dúvidas: “sim, eu quero namorar contigo”.
lembro de tudo isso sim, mas também me lembro das proibições; do sentimento de incompreensão que todos os dias tomava conta da minha cabeça; da enorme falta de confiança que tinhas em mim... não consigo deixar de pensar em ti. não consigo. nem sei se quero. mas sei que não posso. sei que preciso de sorrir de novo. sei também que assim o devo aos meus amigos. sei aquilo que sacrifiquei. sei o quanto quero voltar para ti; correr para os teus braços e sentir-me segura mais uma vez. mas sei que não posso. sei que não devo. sei que parte de mim nem o quer. e parte de mim pertence-te.